terça-feira, 27 de abril de 2010

Campanha Publicitária com o Funcionário

Buscando exemplos de experiências profissionais passadas, encontramos um caso muito interessante para abordar neste blog:


A organização Dismel Comércio e Serviços Ltda, localizada na cidade de Salvador no estado da Bahia, é uma empresa baiana com 48 anos de atuação no mercado varejista de materiais de construção, instalações elétricas, hidráulicas e utilidades para o lar. A Dismel possui atualmente três lojas em pontos estratégicos da capital baiana, contando com uma matriz localizada na Avenida Tancredo Neves, conhecida como Dismel Center. Além dessas três lojas existentes em Salvador, a organização conta com mais quatro lojas no interior do estado.

A cultura organizacional da Dismel é de uma empresa inovadora, responsável e transparente. A organização busca formas e mecanismos de valorizar o seu funcionário, e este fator também é uma estratégia de negócio, afinal, na Dismel o contato direto do cliente com a loja acontece através do atendendente, e um funcionário satisfeito com o seu ambiente de trabalho, transparece isso no seu desempenho, favorecendo assim a imagem da empresa perante seu público externo. Um cliente bem atendido será um cliente que voltará a consumir em breve na loja, pois ficou satisfeito com o serviço, e a base deste bom atendimento provém de uma relação favorável entre a empresa e o funcionário. A organização busca oferecer benefícios além do pagamento mensal aos seus empregados, pois ela se compromete também com o crescimento profissional, estimulando a integração, iniciativa e criatividade dos seus colaboradores internos.

O caso que mais chamou atenção no ano de 2008, foi a campanha publicitária da empresa ocorrida na emissora Rede Bahia (filiada a Rede Globo) no horário nobre da programação. A campanha foi apresentada pelo funcionário da Dismel Center, o senhor Manoel Bezerra, e essa iniciativa de valorização do colaborador interno da empresa, teve uma repercussão muito positiva para a imagem da Dismel, passando a mensagem de uma orgazanição que possui um perfil paternalista, com espírito familiar e bem próxima do seu funcionário.

A campanha fez tanto sucesso que o setor de marketing de comunicação da empresa, decidiu continuar com Manoel Bezerra como apresentador das campanhas seguintes. Observando a iniciativa por outro lado, podemos acreditar que essa propaganda teve a intenção única de favorecer a imagem da empresa, camuflada pela ideia de valorização do funcionário. Mas, analisando o resultado como um todo, a campanha publicitária foi uma estratégia muito correta de atingir dois grandes objetivos da comunicação organizacional: a valorização do funcionário como fator motivacional para eles produzirem melhor e servirem ao cliente da melhor maneira possível, leal à empresa que presta serviço, e assim favorecer também para a imagem positiva da Dismel perante ao consumidor.
Campanha veiculada em 2008:


Fontes:

- Dismel Comércio e Serviços Ltda, http://www.dismel.com.br/
- Youtube, http://www.youtube.com/
* Todos os dados apresentados neste texto são informações já conhecidas pela aluna Alana Brito Oliveira que trabalhou para à empresa.

(Escrito por Alana Brito Oliveira)

domingo, 18 de abril de 2010

Mudança Organizacional

Para elucidarmos um pouco mais sobre a Cultura Organizacional no âmbito da Comunicação Interna, é importante falar um pouco das empresas que enfrentam o dilema de ter uma cultura sólida no mercado todos os dias. A Revista Exame, edição 965, teve como matéria de capa a história do Banco Bradesco S/A, e como este vem enfrentando mudanças devido à perda da liderança do mercado devido à fusão dos Bancos Itaú e Unibanco, além de contar um pouco mais sobre o estilo de gestão do novo Presidente da organização, Luis Carlos Trabuco.

De acordo com Jorge Paulo Lemann “o Bradesco tem, talvez, a primeira cultura empresarial baseada em servir as massas”. O Banco investe, desde sua fundação, na inclusão das classes C, D e E no mercado bancário, oferecendo-lhes créditos e possibilidades de ganho. Com isso, tornou-se um banco de varejo, diferenciando-se de outros bancos concorrentes.

O presidente anterior, Marcio Cipriano, tinha um modelo de gestão completamente diferente e conservador deste que atualmente presidencia. Cipriano ficou à frente da organização desde 1999 até 2009, e tinha crenças e valores arraigados de um profissional que visava o lucro, e que pouco valorizava seu público interno e os engajava com os princípios da empresa. Na gestão de Cipriano, trabalhar fora do Brasil não era uma opção de carreira; oposto do que ocorre na gestão de Trabuco, que está ampliando os seus escritórios para o exterior. Com Cipriano, a hierarquia da organização vinha em primeiro lugar e este não participava ativamente das reuniões para discutir as estratégias da empresa. Hoje, Trabuco começou a fazer debates entre profissionais de diferentes níveis hierárquicos, valorizando sempre as mais diversas opiniões de seus colaboradores. Outro aspecto que influenciou diretamente nos valores da empresa, era que, na gestão do antigo presidente, uma pós-graduação no exterior não era considerada diferencial para o funcionário, uma vez que falar inglês não era essencial para a empresa. Trabuco está mudando esse cenário, pois está enviando dezenas de profissionais para estudar em faculdades no exterior.

Existem ainda alguns pontos que não foram reestruturados na empresa, porém esta passou por uma mudança organizacional significativa, afetando diretamente o público interno que vivenciou de perto essas grandes mudanças. O departamento de Comunicação Interna na empresa tentou ao máximo minimizar os impactos que essas situações causaram, sempre tentando engajar os funcionários a se sentirem motivados a continuar trabalhando no Bradesco.

É de suma importância que o líder oriente e estabeleça a cultura que os demais colaboradores vão adotar; e é isto que Luis Carlos vem fazendo, pois exerce um poder legítimo na empresa, uma vez que está alterando toda uma estrutura de gestão da organização e já está mudando a percepção que os próprios colaboradores têm da empresa. Basicamente, o Banco Bradesco, no momento, tem a cara de seu líder: Luis Carlos Trabuco.


A Cultura Organizacional, neste caso, tem um papel essencial, pois demonstra como a empresa é entendida pelos seus públicos, e quais são suas crenças e valores. Para a Comunicação Interna, é de suma importância que os comunicadores saibam mostrar de forma clara e transparente os princípios organizacionais aos funcionários, de modo com que estes tornem-se os embaixadores da marca, disseminando assim uma imagem positiva da empresa.
Fonte
- Revista Exame - edição 965, nº 60, 07/04/2010, Ano 44 - "Em Busca da Liderança Perdida - As estratégias do Bradesco para voltar a brigar pelo posto de maior banco privado do Brasil".
Bibliografia
- Anotações das aulas de Gerenciamento de Comunicação Interna da Prof. Viviane Mansi

(Escrito por: Júlia Abilel Lima)

domingo, 11 de abril de 2010

História é Reputação!

Conforme combinado nosso objetivo aqui é explorar melhor os aspectos e elementos que compõem o universo da Cultura Organizacional. Sendo assim, nada mais lógico que aos poucos desfragmentemos esses compostos para explicarmos e debatermos cada item, de como se dá a forma, as manifestações, os tipos, as classificações, os mecanismos; enfim, cada pedacinho que nos ajuda a compreendê-la como um todo. E que progressivamente possamos juntos entender melhor, dando mais significado e importância a essa temática que nos orienta a esclarecer o porquê as coisas acontecem de certa maneira, e como podemos utilizar isto como uma ferramenta capaz de direcionar melhor nossa atuação de Relações Públicas contribuindo para que a organização atinja seus objetivos.

Pois bem, vamos começar a debater sobre alguns elementos-chaves, começando com o tema: História.

Por que estudar História se está já é passado e devido ao pouco tempo precisamos nos dedicar cada vez mais em planejar o futuro?

Simplesmente porque a história é reputação, simplesmente porque esta tem se destacado como um diferencial competitivo, e atualmente a sociedade não espera que as empresas apenas se limitem a produzir e prestar serviços, mas que as organizações tenham uma postura mais ética, mais responsável; mais sustentável. E não apenas sigam princípios e ideais, mas que informem, expliquem e acima de tudo legitimem suas ações e provem que suas atitudes não são apenas publicitárias - com o intuito de lucrar, mas que demonstre que o discurso e a prática estão alinhados, e que estas assumem as responsabilidades que são devidas, não apenas com os objetivos internos, mas também com os objetivos sociais, ambientais e econômicos.


Resgatar história não significar só dar o destaque devidos aos heróis, compreender a identidade, valores e princípios, alinhar tradição e inovação, influenciar na opinião pública, mas principalmente no que diz respeito à Comunicação Interna; um dos pontos chaves é o fortalecimento do sentimento de pertencimento dos colaboradores, colocando o funcionário como protagonista da trajetória da empresa. Além disso, envolvê-los e inserir o sentimento de orgulho, sentimento de capacidade, sentimento de que todo funcionário independente de seu cargo, sua função, saiba que é um agente responsável na construção do que a organização é hoje, e o estado em que se encontra, sem contar que também são eles que darão os passos de hoje e amanhã.


Afinal o que é história organizacional senão a somatória de histórias individuais que convergem para os mesmos objetivos?


“Contudo, a criação da história não precisa necessariamente ser uma meta em si, mas precisa integrar as ações internas de tal forma que estimule as reflexões para criar um entendimento comum sobre a empresa.” Comunicação como Competência de Liderança, 2009. MANSI, Viviane.

Para exemplificar melhor podemos comentar um pouco sobre o trabalho do CDM da Multibrás, segundo a empresa:
“O CDM (Centro de Documentação e Memória), área responsável pela administração da memória da empresa, surgiu em 1995 visando não apenas preservar a memória do grupo Brasmotor, no momento de sua transição para o grupo Multibras, como também fazer uma política de guarda de tudo que surgisse daí por diante. Hoje, o CDM é responsável pelo atendimento a estudantes, professores, imprensa e todo e qualquer público externo e interno que necessite de informações referentes a Whirlpool e suas marcas. Memória Empresarial, para nós, é altamente estratégica por ser a ferramenta pela qual podemos criar a sensação de pertencimento, não apenas entre nossos consumidores, mas também entre nossos funcionários. Portanto, a memória empresarial é pensada e avaliada a todo o momento, desde o momento de elaboração de um produto até sua comunicação, sendo por isso altamente estratégica.”

Com vimos de acordo com sua definição, a organização trabalha bastante a sensação de pertencimento, reforçando tanto os princípios organizacionais da empresa e de suas marcas a fim de agregar valor, mas também foca no quesito "identidade da empresa em função de seus colaboradores", possibilitando assim, que estes não apenas saibam da existência da missão, visão e valores, mas que possam entender, acreditar, internalizar e agir de forma a expressar e manifestar todo este engajamento. Assim, podemos considerar que a memória é utilizada como uma forma de dar sustentação e divulgar solidez do negócio da organização.


Se precisarmos ter uma prova concreta de que alguma empresa realmente consegue extrair da teoria e do papel todo o potencial que a história organizacional nos permite, podemos ver que isso já acontece (e não é recente), um fato de sucesso que utiliza a memória organizacional não apenas como acervo ou modismo, mas como um instrumento estratégico para trabalhar várias vertentes tanto no âmbito da comunicação quanto do negócio da empresa.


Indo mais além, podemos ainda analisar que a empresa não apenas trabalha a comunicação mercadológica separada da comunicação institucional, mas que as une e desenvolve em conjunto para uma única comunicação, utilizando todos os recursos que estas possibilitam para que juntos possam desenvolver um pensamento sistêmico no qual visem os objetivos da organização e que para isso utilize a comunicação para tal. Pois, não é organização que precisa alinhar aos objetivos da comunicação, mas a comunicação que precisa contribuir e alinhar-se aos objetivos macros da empresa.


Bibliografia


- PEREIRA, Tânia Oliveira. A Responsabilidade Histórica e a Memória Institucional no Fortalecimento da Reputação Corporativa: Caso Odebrecht. N. 1. São Paulo, 2007. Disponível em . Acesso em: 04 Abril. 2010

- História como fator de transcendência das organizações. Revista Comunicação

- Empresarial, São Paulo: ABERJE, ano 11, n. 41, p. 18-23, outubro/dezembro 2001.

- TARAGANO, Rogéria. Quanto vale a sua reputação? Disponível Em Acesso em 04 Abril. 2010.

- Site da Whirlpool S.A. : Institucional. Disponível em http://www.whirlpool.com.br/site/p/institucional/historia/centro-de-documentacao-e-memoria Acesso em 04 de Abril. 2010.


(Escrito por: Marisol Kiyoko Nakabayashi Cruz Guevara)

 
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